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Memória Viva

Memória Viva é um programa que, por meio de uma série de minidocumentários, busca valorizar a história de personalidades das artes cênicas no Brasil, a partir de registros e coletas de dados sobre essas incríveis pessoas.

Registro de um dos vídeos do memória viva, mostra uma mulher negra com vestimenta cultural falando no microfone num cenário enfeitado com bandeirolas

Sobre o projeto

Memória Viva é uma série de mini documentários cujo intuito é o de documentar personalidades das artes cênicas no Brasil. A primeira temporada, gravada em 2022, é composta por uma sequência de 3 episódios onde apresentamos o Mestre Santana, mestre da Marujada de São José dos Cocais, em Coronel Fabriciano/MG; Maria Senhora, mestra cultural do território Quilombola Águas do Velho Chico no Reisado da Mata de São José em Orocó/PE; e Ana Maria Carvalho, cantora, compositora, atriz, figurinista e co-fundadora do Grupo Cupuaçu do Maranhão (1986).

 

Em breve novas temporadas serão lançadas.

Assista à série 

Conheça Mestre Santana, mestre da Marujada de São José dos Cocais, em Coronel Fabriciano/MG

De uma promessa para uma cura, ao posto de mestre da marujada, José Santana de Farias, ou mais conhecido como Mestre Santana, dedica 59 anos dos seus 75 já vividos às tradições populares derivada da congada - ritmo aprendido de um ex-escravo, o Mestre Moreira. Dos conhecimentos passados por meio das histórias orais, a arte e a religiosidade se encontram como forma de celebração às raízes populares, em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais. Nesse episódio, a memória e as vivências de um marujeiro resgatam esses aprendizados e apresentam ao grande público um pouco do nosso Brasil desconhecido.

Ana Maria Carvalho, cantora, compositora, atriz, figurinista e co-fundadora do Grupo Cupuaçu do Maranhão (1986).

"Como eu sou brincante, não importa onde eu brinco, o importante é brincar." Artista antes mesmo de se entender como pessoa no mundo, foi ainda criança, brincando nos braços de seu pai que Ana Maria Carvalho descobriu a arte. A partir dali, quando, segundo ela, seu pai "lhe soltou para o mundo" foi conduzida pelas estradas da cultura popular. Em conexão com a sua ancestralidade, Ana se encontrou com o bordado e com o canto. Desses talentos chegou ao teatro, onde começou uma carreira como figurinista, atriz e cantora. Nesse episódio, a artista reflete em como o tempo foi um grande aliado e brincar de fazer arte lhe guiou para uma carreira de décadas, sempre em coletivo. Para Ana, "o ser-humano não nasceu para ser só, ainda mais culturalmente, as cirandas, as danças, os bumbas-meu-boi [tudo é coletivo]. Nem as andorinhas fazem verão sozinhas".

Conheça Maria Senhora, mestra cultural do território Quilombola Águas do Velho Chico no Reisado da Mata de São José, em Orocó/PE

"A minha mãe foi o ponto de partida e a referência que eu tive e tenho até hoje. Quando eu me tornei professora eu consegui identificar outros caminhos que a arte me propôs, que foi de criar e produzir... e foi como eu surgi como escritora" Nascida em um quilombo, em Orocó/PE, a educadora e escritora Maria Senhora aprendeu com a arte e a educação que seu caminho estava intrínseco às suas origens ancestrais e ao seu redor em contato com a comunidade. Ao se tornar professora, entendeu que seu papel não era impor seus conhecimentos, mas mediar seus aprendizados com os aprendizados dos outros, trilhando assim,

uma trajetória de proteção cultural e identitária das mulheres negras quilombolas e do reisado (dança típica das comunidades de Orocó). Nesse episódio Maria Senhora, ou Senhorinha, como é conhecida, apresenta como o encontro com a sabedoria de sua mãe Maria José e o resgate da preservação de suas origens são papéis importantes de uma artista educadora para as futuras gerações.

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